Saindo do Senso Comum

A postagem de hoje não é uma receita, mas uma reflexão… 
Estamos tão acostumados com o “senso comum” que muitas vezes nos é imposto que esquecemos de abrir os olhos e questionar um pouco mais, não com o olhar de “teoria da conspiração”, mas tentando ver além dos mitos criados pela sociedade.
O mais bacana é que nos últimos dias tive a oportunidade de assistir a dois documentários muito interessantes: O Renascimento do Parto (em cartaz nos cinemas) e Muito Além do Peso.
O primeiro (clique aqui para saber onde assistir) trata da essência de nossas origens, um dos processos mais antigos da humanidade, o parto. Antes de tudo, é um filme que fala de amor.
Toda mulher tem direito a escolher o parto mais adequado para si e para seu bebê, mas esse direito não pode ser exercido amplamente se não houver acesso a informações verdadeiras. E são exatamente os mitos que levam a uma cesariana que são abordados nesse documentário, resultante de anos de trabalho da doula Érica de Paula e seu marido, o cinegrafista Eduardo Chauvet.
O parto cesária tem seu lugar (importantíssimo!) e é capaz de salvar muitas vidas, mas o parto normal tem se tornado uma exceção, como se o natural fosse nascer por meio de uma intervenção cirúrgica. O documentário aborda mitos como: bacia estreita, dilatação insuficiente, cordão umbilical enrolado no pescoço, ausência de trabalho de parto, entre outros. É um documentário que vale a pena ser assistido não só apenas por mulheres grávidas, mas por qualquer pessoa que se interesse por saber um pouco mais sobre nós mesmos, pois é o início da vida de todas as pessoas. Como não ficar chocado com as cenas de cirurgia no início do filme? Como não chorar com o depoimento de Andrea Santa Rosa (esposa do ator Márcio Gárcia)? Como não se emocionar com a menina que teve seu sonho roubado? São histórias cheias de sentimento…
O segundo documentário, Muito Além do Peso (clique aqui para assistir), aborda a obesidade infantil, que tem atingindo cada vez mais crianças no Brasil, uma vez que 33% das crianças brasileiras pesam mais do que deviam, e sua relação com os hábitos alimentares impostos pela vida moderna e pelas grandes empresas de guloseimas.

Impossível não parar para pensar na forma como os pais podem contribuir para a alimentação dos filhos quando ouvimos o testemunho da mãe que largou o emprego de gerente de TI no McDonald’s por se sentir uma traficante com um viciado dentro de casa, uma vez que sua filha sofria com problemas de obesidade infantil.

Apesar do documentário ser focado na alimentação infantil, ele faz com que os adultos reavaliem sua forma de se alimentar e nutrir, além de ficarem mais atentos às estratégias comerciais para ingestão de alimentos pouco ou nada nutritivos.

Nesse contexto, destaca-se uma nova lei distrital, a Lei nº 5.146, de 21.8.2013, que proíbe a comercialização e a oferta de produtos que possam trazer danos à saúde das crianças e adolescentes matriculados nas escolas de educação básica no Distrito Federal.

Enfim, tenho certeza que não existe um modo perfeito de se viver e de se alimentar, mas acredito que o importante é que cada um busque uma forma de viver que proporcione qualidade de vida, mesmo que para isso tenha que ser um pouco diferente da maioria das pessoas. E viva a diferença!

Já contei um pouco da história da minha mãe (clique aqui) e de como começamos a ter um modo de vida diferente da maioria das pessoas. Nesse caminho, meus pais optaram por um parto normal e domiciliar, em que ele mesmo ajudou minha mãe a parir. Loucura para alguns e coragem para outros, estou aqui com meus 33 anos, inteirinha e feliz.
O que isso tudo tem a ver com gastronomia? Muito mais do que imaginamos…
Assista, reflita e transforme!

3 comentários em “Saindo do Senso Comum

  1. Excelente tópico! mato dois coelhos com uma cajadada!! rsrsmeus 2 filhos nasceram de parto normal, tenho 1 menina de 10 e um menino de 5. O menor mamou no peito até os 6 meses pra só depois disso começar com papinhas. Com 6 meses tinha 9,8kg!! Com 2 anos só tinha engordado pouco mais de 2kg.e os 2 comem muito bem, obrigado.As crianças cresceram lteralmente penduradas no pescoço da mãe, pelo sling, e até na hora de fazer comida, por isso, antes dos 3 já sabiam o nome da maioria dos legumes e verduras. Incrível como os amiguinhos deles são ruins pra comer, incrível também como os pais acham que isso é normal, como se fosse uma fase passageira. Sinceramente tenho uma grande vontade de dizer que a culpa é totalmente deles quando ouço – Ah!! meu filho é ruim pra comer!!! Não sei por que!!Para os de classe social menos favorecida a coisa piora, a ponto de ser feio você se alimentar direito, assim como é feio e quase inaceitável comer algo que é sobra do dia anterior, e a carne vermelha é quase obrigatória em todas as refeições, Nossa cultura gastronomica no geral tem 3 grandes vilões, excesso de gordura, excesso de sal e excesso de açúcar. Se dividirmos em níveis o GOSTOSO brasileiro, acredito que esteja a um nível de chegar no SALGADO, e quase não adianta ser da classe AA, pois quem cozinha para ele e seus filhos é a cozinheira que aprendeu com a mãe, que aprendeu com a vó. Brasileiro no geral gosta de mistureba(eu adoro, rs) e a menos que não saiamos do país para uma experiência(longa de preferência) em outra cultura gastronomicamente \”superior\”, dificilmente repararemos que não comemos adequadamente.abs

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  2. Com certeza! A mudança da dieta dos filhos começa pelos bons hábitos dos pais… Talvez seja essa a grande dificuldade. Ainda mais nos dias atuais, em que os pais são obrigados a trabalhar fora e acabam delegando a função de alimentar os filhos. São questões sem soluções simples e que dependem de uma priorização… Mas acredito que as pessoas estão se tornando mais conscientes! Afinal, há alguns anos, fumar era elegante… ;-P

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